sábado, 24 de março de 2012


Calvície – Tratamento pode reverter queda de cabelo, diz pesquisa


Um estudo realizado pela Universidadeda Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriu uma pista biológica para acalvície  que poderia se transformar em um tratamento que interromperia ou até mesmo faria a reversão do afinamento dos cabelos.
Durante uma análise com homens calvos e ratos de laboratório, os pesquisadoresacabaram descobrindo uma proteína que leva à perda dos cabelos. Os cientistas apontaram que as drogas que seguem esse caminho já estão sendo produzidas.
O estudo em questão teve a sua publicação na revista Science Translational Medicine. A pesquisa poderia resultar na produção de um creme para o tratamento de calvície.
Grande parte dos homens começam as perder os cabelos na meia-idade. A estimativa aponta que até os 70 anos de idade, 80% dos homens sofrem algum tipo de queda de cabelo.
Fatores genéticos, assim como o hormônio sexual masculino testosterona, tem um papel determinante neste processo. Ambos provocam a redução dos folículos capilares, até o momento em que eles se tornem tão pequenos que parecem invisíveis.
O estudo da Universidade da Pensilvânia analisou quais são os genes ativados quando os homens começam a ter a queda de cabelo. Os pesquisadores fizeram a verificação dos níveis de uma proteína-chave com o nome de prostaglandina D sintetase, os quais são elevados nas células dos folículos capilares situados nas áreas calvas do couro cabeludo.
Os testes feitos em camundongos criados para possuírem altos níveis da proteína ficaram totalmente calvos. Cabelos humanos que foram transplantados também pararam o crescimento quando receberam a proteína.
O crescimento dos cabelos teria a sua inibição quando a proteína se liga em um receptor nas células dos folículos capilares. O coordenador do estudo, o dermatologista George Cotsarellis, faz prognósticos sobre a pesquisa:
“O próximo passo será procurar compostos que afetam esse receptor e também descobrir se bloquear esse receptor poderia reverter a calvície ou somente preveni-la. Esta é uma questão que poderá levar um tempo para ser respondida”.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Células-tronco geram neurônios perdidos por Alzheimer


Redação do Diário da Saúde

Implante de neurônios

Cientistas conseguiram pela primeira vez transformar uma célula-tronco embrionária humana em um tipo de neurônio que morre logo no início da doença de Alzheimer.
A morte desse neurônio específico é uma das principais causas da perda de memória associada à doença.
Embora ainda nos primeiros passos da pesquisa, a expectativa dos cientistas é transformar essa descoberta em uma forma de transplantar os novos neurônios para o cérebro das pessoas com Alzheimer.
De início, um suprimento em larga escala desses neurônios humanos permitirá o teste mais rápido de novos fármacos para o tratamento desse e de outros distúrbios neurológicos.

Neurônios leitores da memória

Esses neurônios críticos, chamados neurônios colinérgicos do prosencéfalo basal, ajudam o hipocampo a recuperar as memórias.
No início da progressão do Mal de Alzheimer, os pacientes perdem a capacidade de recuperar as memórias, mas não as memórias propriamente ditas.
Há uma população relativamente pequena desses neurônios no cérebro, e sua perda tem um efeito rápido e devastador sobre a capacidade de lembrar.
Agora que aprenderam como produzir as células, os cientistas poderão estudá-las em uma cultura de tecidos e descobrir uma forma de impedir que morram.
"Esta técnica de produzir os neurônios permite o cultivo em laboratório de um número quase infinito dessas células, permitindo que os cientistas estudem porque essa população de células específica morre na doença de Alzheimer," afirmou Christopher Bissonnette, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos.

A disponibilidade dos neurônios também significa que os pesquisadores poderão testar rapidamente milhares de drogas diferentes para ver qual delas pode manter as células vivas. Esta técnica é chamada de teste rápido de rastreio de alto rendimento.

Da pele ao neurônio

Os neurônios recém-produzidos funcionaram exatamente como os originais depois de serem transplantados para o hipocampo de camundongos.
Os neurônios produziram axônios, ou fibras de conexão para o hipocampo, e liberaram acetilcolina, uma substância química necessária para o hipocampo recuperar as memórias de outras partes do cérebro.

O grupo também descobriu uma outra forma de fazer os neurônios. Eles criaram células-tronco embrionárias humanas, chamadas células-tronco pluripotentes induzidas, a partir de células da pele humana e, em seguida, transformaram-nas em neurônios