sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Potencial tratamento para a forma seca da degeneração macular apresenta resultados surpreendentes

Publicado em 18 de mar�o de 2016.

Os resultados de um estudo realizado na Harvard Medical School e publicado em fevereiro/2016 trazem esperança para o tratamento da forma seca da degeneração macular relacionada à idade (DMRI). 
Vinte e seis pacientes com a forma seca da DMRI foram tratados com alta dose de atorvastatina (Lipitor) e acompanhados por 1 ano ou mais. Os resultados visuais foram surpreendentes: além de evitar a piora da forma seca da DMRI, alguns pacientes com alto risco de progressão da doença apresentaram melhora significativa da visão e desaparecimento das drusas (os depósitos ricos em colesterol encontrados sob a mácula desde o início da DMRI). Os resultados foram publicados na revista EBioMedicine (EBioMedicine. 2016. http://dx.doi.org/10.1016/j.ebiom.2016.01.033).
Além de representar um potencial tratamento para a forma seca da DMRI, que acomete 85% dos portadores da doença, esses resultados reforçam a correlação da DMRI com a aterosclerose e o nível de colesterol. As drusas, que são típicas das formas inicial e intermediária da DMRI, só causam perda visual quando ocorrem em grande quantidade sob a mácula. E foi justamente nesses pacientes que o tratamento com atorvastatina proporcionou regressão das drusas e melhora da visão.
Até o momento, o único tratamento com eficácia comprovada para a forma seca da DMRI é o uso do complexo vitamínico “PreserVision AREDS 2 Formula”, que contém vitaminas C e E, zinco, cobre, luteína e zeaxantina. No entanto, os resultados são relativamente frustrantes, pois o tratamento apenas retarda a progressão da DMRI. É nessa lacuna que o tratamento com a atorvastatina pode se encaixar: o potencial de eliminar as drusas e melhorar a visão podem ser a base para um tratamento eficaz da forma seca da DMRI.
Embora o estudo tenha focado na segurança do uso de alta dose de atorvastatina para o tratamento da forma seca da DMRI, a sua eficácia foi surpreendente. Ainda existem muitas questões a serem respondidas por estudos maiores que deverão ser iniciados em breve. No entanto, o potencial benefício ocular de uma droga largamente usada há vários anos para a redução do nível de colesterol traz muita esperança para os portadores da forma seca da DMRI.

Prof. Dr. Francisco Max Damico

http://www.maxdamico.com.br/noticia?id=9081

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

sábado, 3 de agosto de 2019

Conheça a evolução e o estágio atual de IA e ML

O especialista da Fico, Daniel Arraes, explica as diferenças e similaridades entre Inteligência Artificial, Machine Learning e outras tecnologias


Daniel Arraes, business developer da Fico, empresa de análises preditivas e ciência de dados, voltadas para auxiliar as decisões operacionais de organizações conversou com Infor Channel sobre machine learning e inteligência artificial. Na nossa ‘Entrevista do Ponto’, ele aborda o estado da arte dessas tecnologias, os melhores mercados para sua adoção e muito mais. Confira.
O que diferencia inteligência artificial de aprendizado de máquina?É importante pontuar. Inteligência artificial (IA) é o sistema que consegue aprender por conta própria, por meio de experiências, e fazer as suas referências sobre o futuro. Com essa definição o que a gente hoje observa por aí são soluções bastante primárias. Já machine learning (ML) é simplesmente fazer com que a máquina aprenda um determinado processo e responda de uma forma mais elaborada, mas sem uma experiência anterior, sem interagir com o mundo e o contexto no qual está inserido. Como o humano, que nasce e o cérebro vai aprendendo com as experiências, de certa forma, a gente usa o mesmo tipo de paradigma: fazer com que a máquina consiga, por meio de aprendizado – às vezes supervisionado, outras por conta própria -, aprender com essas experiências. Mas é algo bastante rudimentar, apesar das pessoas se espantarem com as soluções de hoje, como um assistente pessoal, seja da Apple ou seja da Amazon, falando de um carro autônomo.

Quando se dará um avanço significativo?
A previsão dos cientistas para essa área é que haverá muito mais progresso em dez anos do que a gente já viu até agora. Então, essa conversa daqui a uma década será bem diferente. A Siri, assistente da Apple, apesar de impressionar e interagir com as pessoas usa processos de machine learning. Agora, para inteligência artificial, um bom exemplo é o filme de 1969, “2001 uma odisseia no espaço”: um computador começa a aprender sozinho, e passa a tomar conta de toda uma nave espacial. Isso de fato é IA. Ele tomou decisões de forma autônoma, sem ter um humano dizendo o que fazer. Nos outros exemplos que citei, tem um humano dizendo: olha Netflix, aprenda isso! ou, à Siri: aprenda aquilo, mas é supervisionado por um algoritmo, um humano que desenvolveu o aprendizado da máquina.
SAIBA MAIS: 

https://inforchannel.com.br/2019/01/24/saiba-o-estagio-de-ia-e-ml-e-suas-convergencias-com-redes-neurais-bi-e-internet-das-coisas/