sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Nanopartículas têm comportamento 'diferente'

No dia-a-dia, quanto mais forte você arremessa alguma coisa contra o solo, como uma bola de basquete, mais alto ela vai quicar. No mundo das coisas muito, muito pequenas, elas quicam de forma diferente.

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Traian Dumitrica, professor de engenharia mecânica da Universidade de Minnessota, e Mayur Suri, estudante de pós-graduação, fizeram simulações no computador para calcular precisamente o comportamento de salto de uma esfera de alguns bilhonésimos de metros de diâmetro, formada por cerca de 30 mil átomos de silicone.

Para velocidades de até 4.340 km/h, aproximadamente, a nanosfera de silicone exibiu um comportamento parecido ao de uma bola de basquete - quanto mais rápido atingia a superfície, maior a velocidade de salto.

A partir de então, com pequenos aumentos na velocidade de lançamento, a velocidade de salto na simulação diminuiu e, a 5.309 km/h, a nanobola não saltou, mas sim grudou na superfície.

A razão para isso é que a pressão do impacto rearranjou as ligações químicas de alguns dos átomos de silicone que, então, passaram por uma segunda transição durante o salto.

As ligações químicas adicionais e a geração de calor dissiparam a energia cinética, retardando o salto. A velocidades suficientemente altas, a energia cinética dissipada foi tamanha que as forças adesivas da superfície capturaram a nanobola.

A descoberta apareceu na edição de agosto do Phisical Review B. Outros cientistas já usaram esse fenômeno para evitar respingos no revestimento de nanopartículas.

Tradução: Amy Traduções

The New York Times

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3160156-EI8147,00.html

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