sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Teste de droga que pode combater o Alzheimer e o Parkinson

Os cientistas infectaram as cobaias com príons, proteínas tóxicas associadas à doença que ficou conhecida como “vaca louca”
 
 
Saiu na revista Science Translational Medicine uma matéria que relata a experiência feita com uma droga que pode, futuramente, combater doenças como o Alzheimer e o mal de Parkinson. Cientistas da Universidade de Leicester, financiados pelo governo do Reino Unido, foram os responsáveis pelo teste com a substância fornecida pela farmacêutica GSK.
O composto, ainda sem nome comercial, foi testado em camundongos. Os cientistas infectaram as cobaias com príons, proteínas tóxicas associadas à doença que ficou conhecida como “vaca louca”. Dentro do cérebro, os príons atingem os neurônios dos animais convertendo as proteínas normais em proteínas tóxicas. Quando as proteínas tóxicas se acumulam no cérebro dos roedores, a produção de proteínas saudáveis cessa e há um processo de paralisação. A substância desenvolvida pela farmacêutica bloqueia a degeneração dos neurônios, impedindo, desta maneira, a produção de proteínas saudáveis.

O estudo, bem-sucedido com os camundongos, devem ainda passar por diversas fases antes da realização de testes clínicos com humanos. Os roedores que participaram da experiência apresentaram problemas no pâncreas e perderam peso. Mesmo assim os estudos seguem em curso, apontando caminhos para o desenvolvimento de substâncias que possam ser utilizadas em humanos contra a perda de células cerebrais, a neurodegeneração.


Redação Passo Fundo
(Redação Passo Fundo / DM)

redacao@diariodamanha.net

 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Homem testa os seus novos braços após duplo transplante

Homem testa os seus novos braços após duplo transplante
  •  

Gabriel Granados tornou-se no primeiro a ser alvo de um duplo transplante de braços na América Latina. Depois de ter perdido os dois braços num violento choque eléctrico, o mexicano consegue novamente fazer o seu dia-a-dia com alguma normalidade.

O homem de 53 anos nunca tinha dado grande importância ao procedimento de transplante de órgãos. Até que sofreu um acidente que mudou a sua vida, deixando-o dependente dos outros para fazer as mais vulgares tarefas quotidianas, como vestir-se, lavar-se ou comer.
A operação demorou 17 horas até que os médicos conseguiram transplantar os braços de uma vítima de um tiroteio para Gabriel, que tinha tido que fazer uma dupla amputação após o seu acidente.
Durante os últimos dois anos, Granados realizou intensa fisioterapia, executando exercícios como escrever, jogar com uma bola ou manusear objectos.
Paralelamente, o homem toma diariamente doses de imuno-supressores para evitar que o seu corpo rejeite o tecido estranho.
Apesar do sucesso deste caso, os profissionais da Saúde lamentam que o número de intervenções cirúrgicas como esta seja limitado no futuro, dado o sempre descrescente número de doadores de órgãos.
«Infelizmente, não temos a cultura da doação de órgãos», referiu Gabriel. «Eu também pensava assim, mas agora já não. Isto é a prova que resulta mesmo», observou.
Só no México, a lista de espera para órgãos doados tem cerca de 18.000 entradas.