A pesquisa usou um remédio que já existe para tratar ratos com a doença.
Cientistas americanos anunciaram nesta quinta-feira (9) um avanço no combate ao Mal de Alzheimer. A pesquisa usou um remédio que já existe.
Encontrar a cura para uma doença degenerativa do cérebro, o Alzheimer. É a batalha diária de uma equipe de pesquisadores de Ohio, nos Estados Unidos. E eles deram um passo que está sendo comemorado pela comunidade científica. A descoberta envolve um medicamento usado para o tratamento do câncer de pele, o bexarotene.
O alvo é uma proteína produzida naturalmente no cérebro, a beta-amiloide. Nos pacientes com Alzheimer, essa proteína se acumula e se torna tóxica, formando placas.
Os pesquisadores descobriram que o bexarotene estimula a produção de uma outra proteína, a APO-E, que, no estudo, foi capaz de dissolver as placas que levam aos sintomas da doença.
Os cientistas usaram o medicamento para tratar ratos com Alzheimer. "No 14º dia, nós registramos uma queda significativa na presença da beta-amiloide no cérebro dos ratos, e depois desses 14 dias, a redução chegou a 75%", diz a doutora Paige Cramer, da Universidade Case Western Reserve.
Depois do tratamento, também foi observada uma melhora na memória e no olfato das cobaias, que são afetados pelo Alzheimer.
A próxima etapa da pesquisa é o teste em humanos, que deve começar logo. Apesar de estarem animados, os cientistas fazem questão de deixar claro que o bexarotene ainda não pode ser usado para tratar o mal de Alzheimer. Mas o caminho é realmente promissor.
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